A Contação de Histórias

A arte de contar histórias é uma prática milenar que teve seu ínicio desde os primórdios da humanidade por meio da tradição oral, sendo intensificadas na Grécia Antiga e no Império Árabe – por meio das famosas histórias presentes na obra “As mil e uma noites”, contadas por Sherazade.


A contação de histórias age na formação da criança em várias áreas. Contribui no desenvolvimento intelectual, pois desperta o interesse pela leitura e estimula a imaginação por meio da construção de imagens interiores e dos universos da realidade e da ficção, dos cenários, personagens e ações que são narradas em cada história.

Outro ponto em que atua é no desenvolvimento comunicativo devido a sua provocação de oralidade que leva a criança a dialogar com seus colegas ouvintes e a (re)contar a história para seus amigos que não estavam presentes naquele momento. Com isso também é desenvolvida a interação sócio-cultural da criança ao proporcionar essa interação entre crianças e a criação de laços sociais e formação de gosto pela literatura e artes. A criança recebe influência até em seu desenvolvimento físico-motor, devido a manipulação do corpo e da voz de que faz uso ao ouvir e recontar as histórias.

As histórias também desenvolvem uma função de construção de conhecimento social da realidade junto a formação de valores e conceitos, pois embora seja ficção, o texto literário tem o poder de revelar a realidade social e até desmascarar suas mentiras, de forma que “a ficção pode ser mais real que o que se quer real, e o real pode ser mais ficcional que o que se quer ficcional” (Roland Barthes).

Em uma sociedade tecnicista como a sociedade atual, contar e ouvir histórias é uma possibilidade libertária de aprendizagem e uma atividade de suma importância na construção do conhecimento e do desenvolvimento ético e significativo da criança enquanto ser humano.

Fonte: <http://portalliteral.terra.com.br>.

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